História: Pioneirismo musical judaico no Brasil Império por Prof. Reuven Faingold

“Durante o longo Reinado de D. Pedro II, a música brasileira teve uma evolução surpreendente. A participação ativa de músicos da dimensão de Louis Moreau Gottschalk, Fred Figner e irmãos Levy, permitiu avanços significativos como a elaboração das primeiras gravações em estúdio, o uso constante de fonógrafos e a comercialização de partituras e instrumentos musicais.

Festa de Purim

A festa de Purim, celebrada no décimo quarto dia do mês de Adar que neste ano cairá em 24 de Fevereiro de 2013, é o dia mais alegre do calendário judaico. Um dia, segundo nossos sábios, no qual devemos alegrar-nos mais do que em qualquer outra de nossas festas.

Venha estudar conosco, a Bíblia na sua lingua ORIGINAL.

Venha estudar conosco, a Bíblia na sua lingua ORIGINAL,conhecendo o povo, a cultura de Israel, e o D`us de Israel no seu contexto original. Sha´ul (paulo) contando seu testemunho disse: ...." e caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que falava em lingua HEBRAICA, dizia shaul, shaul, porque me persegues? (At 26:14)

AÇÃO EDUCATIVA

O Centro da Cultura Judaica sempre compreendeu seu Departamento de Ação Educativa como uma das principais ferramentas através das quais vem cumprindo a sua missão, e desde os anos 50, nos tempos da antiga Casa de Cultura de Israel e sua sede na Rua Novo Horizonte, já desenvolvia um trabalho educacional de qualidade...

Vinho de 3.500 anos descoberto na Galileia

Um jarro de vinho antigo foi encontrado no norte de Israel em um palácio com uma imagem cananeia de banquetes.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Hebraico nas Escolas Brasileiras ?


Acordo com Israel prevê promoção do hebraico no currículo escolar


BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira decreto que celebra acordo entre os governos de Brasil e Israel na área de educação. Os dois países estabeleceram promover ensino do hebraico no Brasil e do português em Israel. O texto prevê também pesquisa relativos ao Holocausto e inclusão desse tema nos currículos escolares.
Outra decisão foi a inserção nos livros didáticos de conteúdo sobre as consequências negativas do antissemitismo, da intolerância, do racismo e da xenofobia. Será realizado intercâmbios entre estudantes, professores e pesquisadores dos dois países e distribuição de bolsas de estudos. O acordo foi assinado em 2008, aprovado pelo Congresso em 2010 e publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial.

Fonte: O GLOBO

Descoberta em casarão em Salvador pode mudar história do judaísmo no Brasil



Um grupo de cinco pesquisadores encontrou no Hotel Vila Bahia, no Cruzeiro de São Francisco, Pelourinho, o que pode ser a prova mais antiga da prática do judaísmo em toda a América Portuguesa

 

 

 


O que para um leigo não passa de uma banheira antiga, para um judeu ortodoxo é tão importante quanto uma sinagoga - o templo sagrado dos israelitas. Por si só, a mikvé (isso mesmo, mikvé) que ilustra essa página, já seria uma relíquia.

Mas e se o local onde são realizados banhos sagrados para purificação judaica for do século XVII, período auge da Inquisição católica na Bahia? E se ele foi construído em um casarão antigo, no Centro Histórico de Salvador, a uns 15 passos da Igreja de São Francisco, bem na cara do Santo Ofício? E se ele é um segredo sagrado, guardado por quase quatro séculos. Aí, além do status de relíquia, o material é capaz de mudar a História.

Descoberta em casarão em Salvador pode mudar história do judaísmo no Brasil


Um grupo de cinco pesquisadores encontrou no Hotel Vila Bahia, no Cruzeiro de São Francisco, Pelourinho, o que pode ser a prova mais antiga da prática do judaísmo em toda a América Portuguesa. E o mais curioso: ela teria pertencido a um cristão-novo, como eram conhecidos os judeus que, por decreto do rei de Portugal D. Manuel I, em 1497 foram convertidos à força em católicos.

O fato de ser uma mikvé já tornaria o material algo único na Bahia. Mas, se a época da sua construção coincidir com o período no qual os judeus eram perseguidos, isso a transformaria em um achado arqueológico único no país. Apenas no Recife há uma sinagoga tão antiga, construída na primeira metade do século XVII. Só que ela é do período de dominação holandesa naquela região. Diferente dos portugueses, os holandeses toleravam judeus.

Ainda não há 100% de certeza de que a peça é uma mikvé. Mas três anos de pesquisas mostram que isso é quase certo. “Tudo leva a crer que é uma mikvé tradicional. As dimensões de comprimento e largura, a capacidade volumétrica, o reservatório de água da chuva e até a ausência de um ralo nos fazem crer que é uma mikvé”, diz a historiadora Silvana Severs, do grupo responsável pela descoberta.   
                                                            Descoberta

O equipamento do Pelourinho foi encontrado em 2006. Seu valor histórico e arquitetônico, porém, se revelou por acaso. Uma reforma realizada no casarão fez com que o francês Bruno Guinard, diretor do hotel, promovesse a restauração do que acreditava ser um “banho português”. “Estava debaixo de escombros”, descreve Bruno. “Chamei alguns especialistas que disseram se tratar de um simples ‘banho português’. Mas senti que era algo mais e resolvi restaurar”.  

Dois anos depois, um judeu ortodoxo que visitava o hotel falou pela primeira vez que aquilo poderia ser uma mikvé. Depois, uma cliente do restaurante, também judia, desconfiou da construção. Essa mesma cliente, a nutricionista Berta Wainstein, em 2009, propôs que um grupo de pesquisa fosse montado. “Sou uma curiosa, uma apaixonada. Quero deixar esse patrimônio para a Bahia”, diz Berta.

Professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e historiadora do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Iphan), Suzana Severs diz que falta apenas o estudo arqueológico para datar a construção, o que confirmaria se é realmente do século XVII. Aliás, a própria idade do casarão, que fica na esquina da rua da Ordem Terceira do São Francisco, conta a favor. “O imóvel é daquele período. Além do mais, confirmamos que os azulejos que recobrem a mikvé são também do século XVII”.

                                                               Ousadia
 
Junto com a datação da peça, será preciso mais pesquisa. Há a suspeita, por exemplo, de que o primeiro proprietário do casarão chamava-se Francisco de Oliveira Porto. O nome é português, mas essa pode ter sido apenas mais uma forma de ele se proteger dos inquisidores. “Precisamos saber se ele era realmente um cristão-novo e realizava rituais judaicos”, diz Suzana.

É preciso conhecer a força da inquisição para entender a ousadia de quem praticava o judaísmo na Bahia seiscentista. “A simples suspeita de que um indivíduo mantinha hábitos judaicos já seria motivo para ser levado à fogueira. Imagine ter uma mikvé!”, analisa Anita Novinsky, da Universidade de São Paulo (USP) e uma das maiores autoridades do país em cristãos-novos.
Ela explica que ainda assim houve quem mantivesse a tradição - foram chamados de criptojudeus. “Se havia prática judaica em Salvador? Ô, se havia. A Bahia foi o centro do judaísmo no Brasil do século XVII. Provavelmente, o homem que construiu o casarão era um criptojudeu”.

 Rabino: 'Estou 100% convencido'
 
Ainda que a cautela seja um dos princípios do grupo de pesquisa, o rabino Ariel Oliszemski, que é argentino e mora no Rio Grande do Sul, acredita piamente que a construção instalada no Hotel Vila Bahia se trata de um exemplar antigo do banho sagrado dos judeus.
“Estou 100% convencido. Todas as características são de uma mikvé”. Chamado a participar dos estudos, ele explica que o banho sagrado tem diversos usos. Mas, basicamente, representa o momento de se purificar para uma etapa nova da vida.“A mulher quando vai se casar ou está ‘impura’ pela menstruação. As pessoas que se convertem ao judaísmo. Esses devem se banhar”.
Independente da função, o que não se pode negar é a importância de uma mikvé. “Não existe vida judaica sem sinagoga e sem mikvé”, diz o rabino Oliszemski.

Fonte: Correio24horas

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Netanyahu sobre Rio+20

Pronunciamento do Primeiro ministro de Israel,  Netanyahu sobre Rio+20





 

   Israel tem o prazer de fazer parte da “Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)”, no Rio de Janeiro. Desenvolvimento sustentável é, na realidade, fazer mais com menos. E, nesta área, em fazer mais utilizando menos, Israel é difícil de ser superado. Um exemplo é a água. Israel hoje é um líder mundial em eficiência no uso de água. Nós reutilizamos 77% do nosso esgoto municipal. Depois de nós, o segundo melhor país do mundo reutiliza 17%. Essa é uma diferença muito grande. Israel também é o líder mundial em irrigação por gotejamento, sendo que mais de 90% das nossas culturas irrigadas utilizam esta técnica. Devido a essas e outras inovações, os israelenses usam menos água per capita hoje do que fazíamos há algumas décadas atrás, apesar de termos mais recursos. Isso realmente supera a tendência mundial. E quanto à comida? Neste campo Israel também tem sido um líder inovador. Por exemplo, há trinta anos, um visionário israelense fundou a primeira fazenda de gado leiteiro computadorizada no Kibutz Ofikim, no Vale do Jordão. Em pouco tempo, Afikim tornou-se líder mundial na produção de leite. Hoje esse mesmo kibutz está exportando seu “know-how” e informatização de fazendas para mais de 50 países ao redor do mundo.
Já em energia, as empresas israelenses têm sido líderes, por décadas, na tecnologia de energia solar-térmica.
Estas são todas as coisas que Israel já fez. Mas acredito que as contribuições mais significativas de Israel para o desenvolvimento sustentável ainda estão por vir. No que se refere à água, Israel está desenvolvendo tecnologias de ponta em dessalinização, conservação e muitas outras áreas. Nos alimentos, as principais instituições de pesquisa, como o Instituto Volcani, famoso braço de pesquisa de Israel, tem feito descobertas notáveis que poderiam revolucionar a produção agrícola em todo o mundo. No campo de energia, Israel lançou uma iniciativa nacional para acabar com o pior vício do mundo – a dependência do petróleo. Este vício alimenta o terrorismo e envenena nosso planeta. Nós pretendemos gastar mais de U$ 400 milhões neste programa durante a próxima década. Ao mesmo tempo, também estamos incentivando o desenvolvimento de um mercado local para os carros elétricos.
Esperamos que Israel torne-se um laboratório para os carros alternativos de amanhã, assim como um centro global de tecnologias e inovações. Quando se trata de desenvolvimento sustentável, o futuro em Israel promete ser muito brilhante. Hoje Israel pode ser o campeão do mundo em fazer mais com menos, mas no futuro, nós pretendemos fazer ainda muito mais com muito menos.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os desafios de Benjamin Netanyahu





O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o desafio primordial do próximo governo que ele pretende formar será evitar que o Irão tenha armas nucleares. "O primeiro desafio do próximo governo continuará sendo impedir o Irã de produzir a arma nuclear", proclamou Netanyahu na noite de terça para quarta-feira diante de seus partidários em Tel Aviv, ao final das eleições legislativas.
A coalizão de direita Likud Beiteinu, liderada pelo primeiro-ministro, obtém 33 cadeiras das 120 do Parlamento, com mais de 50% dos votos apurados, enquanto o partido centrista Yesh Atid se mantém na segunda posição, com 19. Os resultados após a apuração da metade dos votos confirmam os das pesquisas de boca de urna e também refletem uma leve recuperação do bloco nacionalista e uma ascensão dos ultra-ortodoxos, informou a rádio pública israelense.
O Partido Trabalhista está, por enquanto, na terceira posição, com 16 deputados, seguido pelo ultra-ortodoxo sefardita Shas, com 12. Em seguida estão o partido ultranacionalista religioso Habayit Hayehudi, que teria 11 cadeiras; o ultra-ortodoxo asquenaz Judaísmo Unido da Torá (8); a legenda Hatnuah, da ex-chefe da oposição Tzipi Livni (7); e a frente pacifista Meretz (6).
Na parte baixa da lista, levemente acima da barreira de 2% que é necessário ultrapassar para obter representação parlamentar, estão a Lista Árabe Unida e a frente judia-árabe pela igualdade Jadash, que obteriam 3 deputados cada um, assim como o partido Kadima, que cai de 28 cadeiras para apenas duas. A apuração ainda não contabiliza muitas das urnas nas cidades de maioria árabe em Israel, por isso são esperadas mudanças consideráveis nas porcentagens dos três partidos que representam esta minoria de 1,2 milhão de habitantes.
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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Netanyahu sai vitorioso nas eleições israelenses




UMA VITÓRIA MUITO APERTADA

O partido do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ganhou nesta terça-feira as eleições gerais no país com 31 assentos no Parlamento, uma incômoda margem que trará ao governante maiores complicações no momento de formar um novo governo devido à ascensão dos partidos de centro e esquerda e ao apoio menor do que o esperado por parte da extrema-direita.
A grande surpresa das eleições foi a inesperada entrada em cena do partido de centro Yesh Atid, do ex-jornalista Yair Lapid, que com 19 cadeiras se transforma na segunda maior força política, superando o histórico Partido Trabalhista (15), com cerca de 75% dos votos apurados.
A legenda ultradireitista Habait Hayehudi, do carismático Naftali Bennett, à qual todas as pesquisas concediam uma ascensão eleitoral até a segunda posição, acabou em quarto lugar (11), atrás dos ultra-ortodoxos sefarditas do Shas (12).
O partido de Lapid ficou com grande parte dos votos que seriam a princípio do Kadima, principal partido da oposição na última legislatura e que ficou relegado a ínfimas duas cadeiras.
A grande questão agora é qual base de apoio Netanyahu poderia obter com o intrincado cenário parlamentar que as urnas desenharam.
Pouco após a divulgação das pesquisas de boca de urna em seguida ao fechamento dos colégios eleitorais, o primeiro-ministro se apressou a ligar para Lapid para dizer que juntos "podem fazer grandes coisas pelo Estado de Israel", e já convocou reuniões para a próxima quinta-feira.
No entanto, Lapid evitou falar sobre possíveis coalizões durante seu breve discurso na noite eleitoral, e se limitou a afirmar que os cidadãos de Israel "disseram não à política do medo e do ódio, não ao radicalismo e à anti-democracia".
"Nesta noite recaiu sobre nossos ombros uma grande responsabilidade", disse Lapid a seus seguidores em Tel Aviv sobre as 17 cadeiras que seu partido terá no Knesset (Parlamento).
Netanyahu, que curiosamente começou seu discurso ao mesmo tempo que Lapid, declarou que vê "muitos aliados" para formar "o governo mais amplo possível".
"Vejo muitos parceiros para esta missão. Estenderemos a mão para um governo amplo e, com a ajuda de Deus, triunfaremos juntos", declarou em um breve discurso a seus seguidores em Tel Aviv.
Além disso, ele afirmou que nesta mesma noite começará a trabalhar para formar um governo de coalizão plural.
"Voces me deram a oportunidade pela terceira vez de governar o Estado de Israel. É um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade", acrescentou.
Por sua vez, a líder do Partido Trabalhista, Shelly Yachimovich, que teve um pobre resultado em relação a suas expectativas, prometeu fazer "todo o possível" para montar uma coalizão que tire do poder o atual chefe do Executivo.
"Há muitas possibilidades de que amanhã de manhã Netanyahu não possa formar um governo, e farei todo o possível para que assim seja e que possa ser formado um governo social que promova um processo de paz", disse ele a seus seguidores em Tel Aviv.
Yachimovich declarou que havia ligado para os outros líderes das legendas de centro e esquerda, além das ultra-ortodoxos, com a intenção de formar uma coalizão alternativa a Netanyahu.
A única possibilidade que o bloco de centro-esquerda teria de formar um governo alternativo seria a de conseguir o apoio dos ultra-ortodoxos, que viram aumentado seu papel nas alianças políticas.
Só um possível acordo entre a coalizão Likud Beiteinu, o Lapid e o Bennett deixaria os ultra-ortodoxos fora de um possível governo.
Um dos três líderes do Shas, Eli Yishai - o mais favorável a pactuar com a direita - afirmou que recomendará Netanyahu como chefe de Governo.
"Dissemos isso antes das eleições e não mudamos nossa posição. Recomendaremos Benjamin Netanyahu como chefe de Governo", disse Yishai, ministro do Interior.
Netanyahu poderá ser chefe de Governo pela terceira vez se somar seus 33 deputados e os 12 do Shas ao apoio de outro partido ultra-ortodoxo, o asquenaze Judaísmo Unido da Torá (7), e os 11 da Habait Hayehudi.
Seja como for, poucas vezes na história política israelense dos últimos anos a formação de governo após as eleições gerais apresentou um leque tão amplo de possibilidades.

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Obama e Netanyahu






O presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, devem encontrar uma fórmula para se aproximar e não minar as ligações históricas de seus países se o governante de Israel for reeleito , apesar de suas divergências sobre o programa nuclear iraniano expressadas em 2012.
A relação entre Obama, que no domingo vai tomar posse para seu segundo mandato, e o chefe de governo israelense, favorito nas pesquisas para as eleições legislativas da semana que vem, não foi além do mero contato protocolar entre dois governantes, ao contrário de outras épocas.
Em março de 2010, o presidente americano preferiu jantar em família do que com Netanyahu depois de ter se reunido com ele na Casa Branca para discutir a colonização israelense.
Pouco mais de um ano depois, em maio de 2011, o primeiro-ministro israelense rejeitou no Salão Oval, na frente das câmeras de televisão e diante de um Obama impassível, a proposta de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967.
Em setembro do ano passado, o presidente dos Estados Unidos, que nunca realizou uma visita oficial a Israel, evitou com muito tato um encontro com Netanyahu durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York.
Na tribuna e diante de mandatários de todo o mundo, o líder israelense pediu que seu homólogo americano estabelecesse "linhas vermelhas" ao controverso programa nuclear de Teerã, ameaçando efetuar ataques preventivos.
Obama não cedeu e segue priorizando as sanções econômicas contra o Irã, além de defender as negociações.
Irritado com o presidente democrata, Netanyahu, líder inconteste da direita israelense, não escondeu a sua preferência pelo adversário republicano de Obama nas eleições presidenciais de novembro, Mitt Romney.
O último golpe nas relações entre ambos os líderes ocorreu esta semana: Netanyahu declarou que "os cidadãos israelenses são os únicos que decidem quem representará fielmente os interesses vitais do Estado de Israel".
Netanyahu respondeu assim aos comentários de um editorialista americano, que supostamente tinha se reunido em particular com Obama depois de a ONU ter aceitado a Palestina como novo Estado observador não membro. Ele afirmara "Israel não sabe qual é seu próprio interesse".
Já Obama teria criticado a covardia de Netanyahu frente ao lobby dos colonos, prejudicando o processo de paz entre palestinos e israelenses, estagnado desde setembro de 2010 e que o presidente americano não conseguiu relançar.
Apesar disso, ambos os países manifestam constantemente que "suas relações estão mais fortes do que nunca" por serem aliados históricos e pelo fato de os Estados Unidos serem o lar da maior comunidade judaica da diáspora.
De fato, as relações bilaterais e institucionais nunca foram tão sólidas, segundo analistas.
"Por um lado, nunca houve um descompasso tão grande entre um primeiro-ministro israelense e um presidente americano. Mas por outro lado, a relação política, a cooperação militar, a assistência em segurança, o apoio da opinião pública americana, tudo isso funciona muito bem", afirmou Aaron David Miller, vice-presidente do Centro Internacional Woodrow Wilson, com sede em Washington.
Seu colega Daniel Kurtzer, ex-embaixador americano em Israel e especialista da Universidade de Princeton, considerou que em "2012 se reconstituídos os vínculos" entre os dois governantes.
Como prova disso, citou o apoio de Obama a Israel durante a operação em Gaza de 14 a 21 de novembro e o voto dos Estados Unidos contra a aspiração da Palestina de se tornar um Estado observador na ONU.
Além disso, em relação ao programa nuclear iraniano, maior ponto de desavenças entre ambos os países, o presidente americano repetiu diversas vezes que não permitirá que Teerã consiga produzir a bomba atômica, o que parece ter convencido Israel a não realizar uma ação unilateral, considerou Tamara Cofman Wittes, da Brookings Institution.
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